O que é Perdão?
Na visão espiritualista é o esquecimento completo da ofensa ou injúria. Não devolver o mal com o mal, retribuir o mal com o bem, não se alegrar pela dor do outro.
Na visão da psicologia profunda o perdão não tem nada a ver com o esquecimento, pois se trata de um processo de memória, portanto fisiológico, ele será registrado e o esquecimento depende da memória, umas mais ou menos dotadas. Mas ao evoluirmos moralmente começamos a entender que aquele que nos agride é que se encontra doente, pois sabemos que conscientemente uma pessoa lúcida não agride o outro, razão para então não nos tornarmos escravos dos sentimentos induzidos pelo outro, é preciso sairmos da esfera de ação psíquica do outro, buscando na paciência e na tolerância o antídoto. Evidentemente, que aqui é preciso sermos honesto diante do ofensor, se estivermos com raiva, primeiro absorva e digira e não negue, basta dizer não, neste momento estou magoado e não posso perdoar. A raiva é um sentimento natural do ser humano no momento evolutivo em que vivemos, o que é antinatural é faze-la instrumento do nosso rancor, este sim é um sentimento ruim, antinatural porque nos dá prazer e como conseqüência conforme sua intensidade e duração pode desencadear conseqüências graves tanto na âmbito físico como no psíquico ou em ambos, tanto do ofensor como do ofendido. Se ele nos caluniou, tanto eu como ele sabemos que é mentira dele. Se nos traiu, somos a vítima e ele sabe que é nosso algoz. Então o problema é da consciência dele. Não devemos cultivar animosidade, e sim perdoar. Não ficarmos manipulados, dominados pelo ódio, odiando também. Não permitindo que um desequilibrado nos manipule e nos conduza para o desequilíbrio. A atitude do outro pode nos incomodar muito , mas, é importante considerarmos que o outro tem o direito de ser como quer, ele agirá conforme a sua evolução consciencial moral e espiritual. Quem rouba é que é o ladrão, quem mata é que é o assassino.
A medida que formos trabalhando, a mágoa, a ofensa vai perdendo o significado. A medida que vamos descobrindo nossos valores, ela vai desaparecendo. Quando estamos de bom humor, ouvimos até desaforo e dizemos: "Sabe que você tem razão?" Quando levantamos de mau humor, só de a pessoa nos olhar, perguntamos: "Qual é o caso?" Portanto, não é o ato em si; é conforme nós recebemos o ato.
Divaldo conta o caso de alguém que, na festa de aniversário, recebeu de uma pessoa que não gostava dela, como presente, um vaso de porcelana, com um bilhete: "Recebe o meu presente, e dentro dele o que você merece". Dentro dele havia dejetos humanos. No aniversário da pessoa que havia enviado tal "presente", o nosso personagem lhe enviou o mesmo vaso, com os dizeres: "Estou devolvendo o vasilhame. O seu conteúdo coloquei num pé de roseira, e estou lhe enviando as rosas que saíram dali". É um ato de perdão, devolver em luz o que se recebe em trevas.
Na visão da psicologia profunda o perdão não tem nada a ver com o esquecimento, pois se trata de um processo de memória, portanto fisiológico, ele será registrado e o esquecimento depende da memória, umas mais ou menos dotadas. Mas ao evoluirmos moralmente começamos a entender que aquele que nos agride é que se encontra doente, pois sabemos que conscientemente uma pessoa lúcida não agride o outro, razão para então não nos tornarmos escravos dos sentimentos induzidos pelo outro, é preciso sairmos da esfera de ação psíquica do outro, buscando na paciência e na tolerância o antídoto. Evidentemente, que aqui é preciso sermos honesto diante do ofensor, se estivermos com raiva, primeiro absorva e digira e não negue, basta dizer não, neste momento estou magoado e não posso perdoar. A raiva é um sentimento natural do ser humano no momento evolutivo em que vivemos, o que é antinatural é faze-la instrumento do nosso rancor, este sim é um sentimento ruim, antinatural porque nos dá prazer e como conseqüência conforme sua intensidade e duração pode desencadear conseqüências graves tanto na âmbito físico como no psíquico ou em ambos, tanto do ofensor como do ofendido. Se ele nos caluniou, tanto eu como ele sabemos que é mentira dele. Se nos traiu, somos a vítima e ele sabe que é nosso algoz. Então o problema é da consciência dele. Não devemos cultivar animosidade, e sim perdoar. Não ficarmos manipulados, dominados pelo ódio, odiando também. Não permitindo que um desequilibrado nos manipule e nos conduza para o desequilíbrio. A atitude do outro pode nos incomodar muito , mas, é importante considerarmos que o outro tem o direito de ser como quer, ele agirá conforme a sua evolução consciencial moral e espiritual. Quem rouba é que é o ladrão, quem mata é que é o assassino.
A medida que formos trabalhando, a mágoa, a ofensa vai perdendo o significado. A medida que vamos descobrindo nossos valores, ela vai desaparecendo. Quando estamos de bom humor, ouvimos até desaforo e dizemos: "Sabe que você tem razão?" Quando levantamos de mau humor, só de a pessoa nos olhar, perguntamos: "Qual é o caso?" Portanto, não é o ato em si; é conforme nós recebemos o ato.
Divaldo conta o caso de alguém que, na festa de aniversário, recebeu de uma pessoa que não gostava dela, como presente, um vaso de porcelana, com um bilhete: "Recebe o meu presente, e dentro dele o que você merece". Dentro dele havia dejetos humanos. No aniversário da pessoa que havia enviado tal "presente", o nosso personagem lhe enviou o mesmo vaso, com os dizeres: "Estou devolvendo o vasilhame. O seu conteúdo coloquei num pé de roseira, e estou lhe enviando as rosas que saíram dali". É um ato de perdão, devolver em luz o que se recebe em trevas.
Por quê então, é tão difícil perdoar?
Primeiro porque não conhecemos ou negamos nossas imperfeições, mas, estamos sempre a identificar no outro os seus defeitos, e estes quando nos fere, independente de como fazem nos causa desde um desconforto até um sofrimento maior o que pode acarretar mágoas. Freqüentemente, transferimos para o outro obrigações de nos atender desde necessidades reais a verdadeiros caprichos, desconhecendo, seja por conta do nosso egoísmo ou orgulho, a possibilidade do outro não dispor dos recursos necessários para nos atender. Esquecemos que Jesus na sua sabedoria nos alertava para não julgar o próximo, porque seríamos julgados na mesma medida , que não devíamos atirar pedra no telhado do outro, porque, o nosso é de vidro. Alertava, que perdoar é um ato de justiça. É se deixar guiar pela consciência, como tocou Jesus a consciência dos homens no episódio da mulher apanhada em adultério: “Quem de vós nunca pecou atire-lhe a primeira pedra”. Todos já haviam errado. Não perdoando, incorre numa desobediência a ordem social de Deus, e, estaria estabelecido o caos na terra. Vivemos durante inúmeras reencarnações considerando o perdão, a indulgência, a bondade como expressões de fraqueza, de covardia. Entendíamos, um dever vingarmo-nos sempre que nos julgássemos ofendidos. Hoje, que a luz do evangelho de Jesus iluminou nossos corações e nossas mentes; e que a lógica da doutrina espírita nos mostra os elementos justificativos da necessidade do perdão, queremos ser bons, perdoar, incondicionalmente, como exemplificou Jesus. Todavia, sentimos dificuldade de libertarmo-nos dos hábitos "de defesa da honra e da dignidade", do "ter vergonha na cara", "ter sangue nas veias", do "não levar desaforo pra casa", porque "difícil não é aprender coisas novas, difícil é desaprender hábitos antigos". Melindramo-nos, tão facilmente, por tão pequenas coisas, com as pessoas com as quais convivemos e até com as que amamos!... Por quê?
Por quê devemos perdoar?
Por quê devemos perdoar?
Acredito que a vida em sociedade só foi possível a partir do momento que se estabeleceu o perdão, sem o qual seria extremamente difícil a convivência, alinhado ao fato de evolutivamente o homem desenvolver o desejo de construir para si e sua família, condições ideais para a felicidade e harmonia, É na família que temos todas as oportunidades para o aprendizado do sentido do perdão, que é a indulgência, a benevolência e a abnegação, que é em última instância a caridade. A ação recíproca do perdão traz a paz para o seio da família e da sociedade. O perdão não deve estar condicionado a gravidade da ação, porque a margem de erro, ao julgar qual é o merecedor e quanto perdoar será grande, porque estará condicionada a muitos fatores, como o social, o econômico, o intelectual e ao moral. Outro fator a considerar é que pensamento é energia, e esta se colocará na freqüência conforme a qualidade do pensamento, atraindo assim, energias que se afinizam e como conseqüência agravamento ou melhora dos nossos sentimentos. . A mágoa, o rancor, a raiva, o desejo de vingança, que nos impedem de perdoar, nos priva também de atrair energias boas e agradáveis. Quando alguém nos magoa, nos agride, nos fere, o perdão é a nossa proteção contra o assédio das energias negativas. Façam este teste, exercite o perdão hoje e sintam a sensação de bem estar que lhe é próprio. Outro aspecto a considerar é o desenvolvimento de sentimentos nobres e de autoconfiança que passamos a manifestar em relação ao outro e ao mesmo tempo elevamos a nossa auto-estima, nos possibilitando a superação das dificuldades inerentes ao convívio com os seres humanos.
A quem perdoar?
Jesus, na Cruz em seus últimos momentos ele roga a Deus, dizendo: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem”. Aí está implícito que ele estendia a todos o perdão, sem nenhuma discriminação. Em outra passagem perdoava a Pedro na sua indecisão, como perdoou também a Judas pelo seu ato irresponsável. E temos que considerar que isto ocorreu há 2000 mil anos. Mas observamos que a complexidade de nossas emoções ainda traduzem o quanto ainda temos que evoluir, para despertar a nossa consciência no sentido da vida em comum, o que nos obriga o exercício do amparo mútuo e da capacidade de perdoar. Não devemos esquecer que perdoar a todos também inclui – o Auto-perdão.
“Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo...” “... porque se sois duros, exigentes, inflexíveis, se tendes rigor mesmo por uma ofensa leve, como quereis que Deus esqueça que, cada dia, tendes maior necessidade de indulgência?...” Apóstolo Paulo.
Sabemos que nossa conduta e a forma de sentir os fatos de nossa vida, depende como olhamos o mundo fora e dentro de nós, consciente e inconsciente, traduzindo uma sensação íntimas de realização ou de frustração, de contentamento ou de culpa, de perdão ou de punição, de acordo com o “código moral” modelado na intimidade de nosso psiquismo, conseqüência de nossa vida atual e de vidas passadas, no convívio com os pais, líderes religioso, com o médico da família, com as autoridades políticas, etc. assim podemos experimentar culpa e condenação, perdão e liberdade de acordo com os nosso valores, crenças, normas e regras vigentes, variando conforme o ambiente. Quando nos exigimos agir sempre de forma perfeita, criamos armadilhas que se tornam nossa inimigas, porque passamos a exigir capacidades e habilidades que ainda não possuímos. Criando filhos dentro de padrões muitos rígidos, seguramente teremos adultos rígidos e propenso a desenvolvimento de distúrbios psíquicos, quando confrontados com o lado inadequado dos ser humano, podendo desenvolver sentimentos inferiores. Não somos Deus, não somos oniscientes e todo-poderosos. Não aceitando nossas limitações, não enxergamos a “perfeição em potencial” que existe dentro de nós mesmos, perdemos assim a oportunidade de crescimento pessoal e de desenvolvimento natural, gradativo e constante, que é a técnica das leis do Universo. A desestima a nós nasce quando não nos aceitamos como somos e admitir e aceitar os outros como são nos permite que eles nos admitam e nos aceitem como somos e assim podemos nos perdoar e desenvolver amor a nós mesmos, não importando com o que fomos, mas o que somos e qual a nossa determinação de crescer moral e espiritualmente. Perdoar-nos é compreender que os que nos cercam são reflexos de nós mesmos, criações nossas que materializamos com nosso pensamentos e convicções íntimas. “Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo” – quer dizer: enquanto não nos libertarmos da necessidade de castigar e punir o próximo, não estaremos recebendo a dádiva da compreensão para o auto-perdão - bondade repara a falta, o remorso destrói a alma.
Como aprender a perdoar?
Conhece te a ti mesmo, é um começo. A noção das nossas imperfeições nos faz ver que muitos atos que nos magoam partem de pessoas desatentas, ou em desequilíbrio emocional, ou motivadas pelos seus sentimentos de orgulho, egoísmo e vaidade. Quando analisamos a nossa origem e o nosso destino, principalmente os espíritas, pois estes, sabem com muita propriedade que a nossa condição de espírito encarnado, tem como objetivo maior o nosso desenvolvimento, que em última instancia é o desenvolvimento do amor fraterno. Como amar ou admitir ser irmão em Deus, quando o nosso coração está cheio de mágoas e de rancor? Quando vemos sempre o ofensor como um inimigo?. Precisamos olhar o ofensor como um espírito desajustado e inclusive permitindo-lhe que ele expresse o seu sentimento, porque poderá nos facultar na observação a compreensão de que na verdade fomos nós a causa da sua perturbação mental.
Precisamos desenvolver o hábito do perdão e para isto é a prática sistemática que trará resultados satisfatório, pois iremos fundo, no fundo da alma para emergir com o perdão verdadeiro, aquele capaz de mudar todo o contexto emocional e consequentemente a relação. A repetição do hábito de perdoar é que vencerá a resistência que nossos sentimentos inferiores, como o orgulho, egoísmo, vaidade, violência e ressentimentos, inerentes ao nosso estágio evolutivo e portanto ainda bem enraizados em nossos corações, esta prática e que permitirá ver e ser visto com o coração sinais de gentileza e desta forma criar predisposição para o perdão.
Segundo Robin Casagian, autora do livro O Livro do Perdão, toda a pessoa tem sua história de raiva, de ressentimento e de tristeza, passando cada pessoa pelas fases de desgosto, ingratidão, ofensas, separação de casais, agressões diversas, adultérios, intrigas e demais conflitos que provocam as mágoas nas profundezas do espírito. Todos já tiveram, portanto, motivos para se sentirem ressentidos, tristes e raivosos. Portanto, todos nós estamos aptos a perdoar.
Precisamos desenvolver o hábito do perdão e para isto é a prática sistemática que trará resultados satisfatório, pois iremos fundo, no fundo da alma para emergir com o perdão verdadeiro, aquele capaz de mudar todo o contexto emocional e consequentemente a relação. A repetição do hábito de perdoar é que vencerá a resistência que nossos sentimentos inferiores, como o orgulho, egoísmo, vaidade, violência e ressentimentos, inerentes ao nosso estágio evolutivo e portanto ainda bem enraizados em nossos corações, esta prática e que permitirá ver e ser visto com o coração sinais de gentileza e desta forma criar predisposição para o perdão.
Segundo Robin Casagian, autora do livro O Livro do Perdão, toda a pessoa tem sua história de raiva, de ressentimento e de tristeza, passando cada pessoa pelas fases de desgosto, ingratidão, ofensas, separação de casais, agressões diversas, adultérios, intrigas e demais conflitos que provocam as mágoas nas profundezas do espírito. Todos já tiveram, portanto, motivos para se sentirem ressentidos, tristes e raivosos. Portanto, todos nós estamos aptos a perdoar.
Quantas vezes e quando devemos perdoar?
Se vosso irmão pecou contra vós, ide lhe exibir sua falta em particular, entre vós e ele; se ele vos escuta, tereis ganho o vosso irmão. Então Pedro se aproximando, lhe disse: Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão, quando ele houver pecado contra mim? Será até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Eu não vos digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. (São Mateus, cap. XVIII, v. 15, 21, 22).
Reconciliai-vos o mais depressa com o vosso adversário, enquanto estais com ele no caminho, a fim de que vosso adversário não vos entregue ao juiz, e que o juiz não vos entregue ao ministro da justiça, e que não sejais aprisionado. Eu vos digo em verdade, que não saireis de lá, enquanto não houverdes pago até o último ceitil. (São Mateus, cap. V, v. 25, 26).
Jesus ao dizer setenta vezes sete, sinalizava que o perdão deve ser uma prática constante e que não haveria limites. Considerava-nos como capazes de perdoar, não sendo uma prerrogativa de espíritos puros. Este ato nos eleva moral e espiritualmente além de realizar a higiene espiritual. Nos recomendava ainda que devíamos fazer enquanto estivéssemos a caminho. Emmanuel nos orienta para “desinibir o coração de qualquer ressentimento”, para que o nosso processo evolutivo se concretize mais rapidamente, evitando múltiplas reencarnações depurativas.
Jesus ao dizer setenta vezes sete, sinalizava que o perdão deve ser uma prática constante e que não haveria limites. Considerava-nos como capazes de perdoar, não sendo uma prerrogativa de espíritos puros. Este ato nos eleva moral e espiritualmente além de realizar a higiene espiritual. Nos recomendava ainda que devíamos fazer enquanto estivéssemos a caminho. Emmanuel nos orienta para “desinibir o coração de qualquer ressentimento”, para que o nosso processo evolutivo se concretize mais rapidamente, evitando múltiplas reencarnações depurativas.
Efeito do perdão, segundo Jason de Camargo:
O ódio gera doenças e afeta a longevidade, Os sentimentos de paz, amor e alegria geram a produção de endomorfinas, Os complexos de culpa e remorso de longo curso e falta de Auto-perdão, As artrites.
Bibliografia:
Educação dos Sentimentos, Jason de Camargo, pag. 97.
Evangelho Segundo o Espiritismo, pag. 136, itens 14 e 15.
O Perdão, Leda de A. R. Ebner, site Portal dos Espíritos.
Evangelho Segundo o Espiritismo, pag. 136, itens 14 e 15.
O Perdão, Leda de A. R. Ebner, site Portal dos Espíritos.
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