sexta-feira, 17 de maio de 2013

APELO DE AMIGO


Não se deprecie.
Não diga que você não merece a bênção de Deus.
Atendamos à realidade. Se a Divina Providência não confiasse em você, não teria você em mãos tarefas importantes quanto estas:
uma criatura querida a proteger; alguém a instruir; uma casa a sustentar;
um doente para assistir; uma profissão a exercer; esse ou aquele encargo, mesmo dos mais simples;
algum ensinamento a compor; essa ou aquela atividade de auxílio aos semelhantes;
algum trato de terra a cultivar; determinada máquina para conduzir.
Se a Sabedoria da Vida nada esperasse de você não lhe teria doado tantos recursos, quais sejam:
a inteligência lúcida que auxilia a discernir o certo do errado;
a noção do bem e do mal; as janelas dos cinco sentidos; a capacidade mental cujas manifestações você pode aprimorar ao infinito, empregando o esforço próprio;
a visão do corpo e da alma com que você realiza prodígios de observação e de análise;
a palavra, que você é capaz de educar, e com a qual você encontra as maiores possibilidades de renovar o próprio destino;
a audição com que recolhe mensagens de todos os setores da existência tão só pelo registro de sons diferentes;
as mãos que lhe complementam os braços, expressando-se por antenas hábeis de serviço;
as faculdades genésicas que, iluminadas pelo amor e dirigidas pelo senso de responsabilidade, lhe conferem poderes incomparáveis de criatividade nos domínios do corpo e do espírito;
os pés que transportam você, atendendo-lhe a vontade.
Se você detém maiores áreas de ação ou usufrui vantagens mais amplas, no que se reporta aos encargos e benefícios aqui relacionados, então você já obteve significativas promoções nos quadros da vida.
Quanto a imperfeições ou deficiências que ainda nos marquem, convém assinalar que estamos em evolução na Terra, sem sermos espíritos perfeitos.
Reflitamos nisso e aceitemo-nos como somos, procurando melhorar-nos e, ao melhorar-nos, estaremos construindo o caminho certo para a Espiritualidade Maior.

Chico Xavier

sábado, 23 de março de 2013

PROVAÇÃO E APRENDIZADO



Quando a dor nos bate à porta e enche de sombras nossa vida, costumamos chorar ou nos desesperar. Abatidos, olhamos em torno e invejamos os felizes
do mundo: os que têm riquezas, os que aparentam não ter preocupações,
os que têm saúde ou família perfeitas.
Nessas horas de provação, lamentamos e choramos.
Raras vezes aproveitamos a ocasião para meditar e retirar aprendizados.
Muitas vezes, as preocupações da vida material nos cegam.
Ficamos tão aflitos com o que haveremos de comer ou de beber que esquecemos de que temos Deus, um Pai amoroso que cuida de todos nós. Acredite: ninguém está esquecido por esse Pai amoroso e bom, que faz nascer
o sol sobre bons e maus, que faz cair Sua chuva sobre justos e injustos.
Muitas vezes nos perguntamos: Por que isso aconteceu comigo?
A pergunta deveria ser diferente: Para quê isso aconteceu comigo?
Toda e qualquer experiência - sofrida ou feliz - traz um aprendizado importante. São momentos que vão enriquecer nossa alma.
Deus não brinca com as nossas vidas. E se Ele permite que certas coisas aconteçam conosco é porque há um objetivo útil e importante para nós.
Faça uma retrospectiva: observe os momentos difíceis de sua existência.
Cada um deles trouxe algo de novo, um aprendizado especial.
Cada lágrima acrescentou sabedoria, experiência, um novo olhar sobre a vida.
A doença nos ensina a valorizar a saúde, a cuidar melhor do corpo.
A pobreza nos revela a importância do trabalho e do esforço pessoal.
A família difícil nos oferece a lição da tolerância.
As privações nos ensinam a ser mais sensíveis perante o sofrimento alheio.
Essas lições são interiorizadas: nós as guardaremos para sempre.
Na verdade, as dificuldades são advertências que a vida nos apresenta,
alertas sobre nossas atitudes perante o próximo.
Se algo ruim nos ocorre, vale a pena se perguntar:
O que posso aprender com isso?
Como posso melhorar a partir desse episódio?
Mas, atenção: nada disso significa que devemos cultuar a dor. Nada disso!
Bem sofrer não significa cultivar o sofrimento,
ser conformista ou agravar as dores sofridas.
Bem sofrer significa enfrentar as situações com fé e coragem,
alimentar a esperança enfrentando as situações com serenidade.
Assim, busque soluções, lute por sua felicidade.
Mas faça tudo isso com tranqüilidade.
Quando desabarem sobre você as tempestades
da vida, não se entregue à revolta destruidora.
Silencie, ore e procure descobrir o aprendizado oculto que a situação traz.
Acredite: por mais amarga seja a experiência, os frutos desse aprendizado
jamais se perderão e eles poderão nos tornar mais sábios e generosos.
Por isso, cada vez que as lágrimas visitarem
seu rosto, erga os olhos para o céu e agradeça.
Nas suas orações, peça a Deus a força necessária para superar o momento
difícil e a inspiração para encontrar soluções. E Deus, que nos ama tanto,
não deixará de atendê-lo na medida de suas necessidades espirituais.
Quando o momento difícil passar, você se sentirá melhor se não tiver de lembrar que se entregou ao desespero, que gritou e se debateu.
Em geral, a solução está bem próxima.
Se estivermos transtornados, será mais difícil resolver o problema.
Com calma, logo veremos a luz no fim do túnel.

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

MÃES SÓ MORREM QUANDO QUEREM



Eu  tinha 7 anos quando matei minha mãe  pela primeira vez.
Eu  não a queria junto  a mim quando chegasse à escola  em meu 1º dia  de aula.
Eu  me achava forte o  suficiente para enfrentar os  desafios que a  nova vida iria me  trazer.
Poucas  semanas depois descobri aliviado que  ela ainda estava lá,      pronta  para me defender não  somente daqueles garotos  brutamontes que me ameaçavam, como  das dificuldades intransponíveis  da tabuada
Quando  fiz 14 anos eu  a matei novamente.
Não  a queria me impondo  regras ou limites,   nem que me impedisse  de viver  a plenitude dos vôos  juvenis.

Mas  logo no primeiro porre  eu felizmente  a redescobri viva
foi  quando ela não só  me curou da ressaca,  como impediu                                        que eu levasse  uma vergonhosa surra  de  meu pai.
Aos  18 anos  achei que mataria  minha mãe definitivamente,  sem chances para ressurreição.
Entrara  na faculdade,iria morar  em república, faria  política estudantil, atividades  em que a presença  materna  não cabia em  nenhuma hipótese.

Ledo  engano:
quando  me descobri confuso  sobre qual rumo seguir  voltei à casa materna,                 único espaço possível  de guarida e compreensão.
Aos  23 anos me dei  conta de que a  morte materna era possível,  apenas requeria lentidão…
Foi  quando me casei,  finquei bandeira  de independência  e segui viagem.

Mas  bastou nascer a primeira  filha para descobrir  que o bicho mãe  se transformara  num espécime   ainda  mais vigoroso chamado  avó.
Para  quem ainda não viveu  a experiência,  avó é mãe  em dose dupla…

Apesar  de tudo  continuei  acreditando na tese  da morte lenta e demorada,                               e aos poucos  fui me sentindo mais  distante e autônomo,  mesmo que a intervalos  regulares ela reaparecesse em  minha vida desempenhando  papéis importantes e  únicos,      papéis  que somente ela poderia  protagonizar…
Mas  o final dessa história,  ao  contrário do que eu  sempre imaginei,  foi  ela quem definiu:
quando  menos esperava, ela  decidiu morrer.
Assim,  sem mais, nem menos, sem pedir  licença ou permissão,  sem data marcada ou ocasião  para despedida.
Ela  simplesmente se foi,  deixando a  lição que mães são  para sempre.
Ao  contrário do que sempre  imaginei,  são elas  que decidem o quanto  esta eternidade pode  durar em vida,  e o quanto  fica relegado para o etéreo  terreno da saudade..

Não  sei… Se a vida  é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas  sei que nada do que  devemos amar as pessoas,  enquanto elas estão  por aqui…

É porisso que temos que amá-la sempre!
E  não matá-la em vida…

Nunca  saberemos quando ela  vai querer partir…
O  vazio que fica, nunca  conseguiremos preencher…
Para  quem ainda a tem  ao seu lado, ame-a…
Abrace-a  sempre, dê-lhe colo… E  para quem já não  a tem mais do seu  lado….

Guarde  suas lembranças no  mais precioso dos baús…
Mesmo  onde ela estiver, saiba  que sempre ela vai  entender o recado…  e vai chorar, quando  você chorar…
Vai  sorrir quando você  sorrir…
Vai  velar seu sono, quando  fazia na época de  criança…
Não  espere ela partir para  lhe dar AMOR.
Um  dia você vai descobrir  que talvez a pessoa  que mais lhe amou  na vida, foi ela…
Incondicionalmente…
Desde  que você surgiu nesta  vida…
Se  ela estiver de seu  lado, dê-lhe um beijo  e um abraço e  diga o que ela  sempre quis ouvir:
MAMÃE,  EU TE AMO! OBRIGADO  POR VOCÊ EXISTIR!
E  se ela já não  estiver do seu lado…
Feche  os olhos e faça  uma prece para ela,  agradecendo pela vida  e também dizendo que  a ama….
Autor desconhecido.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A DOR EM NOSSAS VIDAS


Você já parou para pensar na razão da existência da dor, do sofrimento, em nossas vidas?
Talvez num daqueles momentos de extrema angústia, em que o coração parece apertar forte, você tenha pensado em Deus, na vida, e gritado intimamente: Por quê?!
Os benfeitores espirituais vêm nos esclarecer que a dor é uma lei de equilíbrio e educação.
Léon Denis, reconhecido escritor francês, em sua obra O problema do ser, do destino e da dor, esclarece que o gênio não é somente o resultado de trabalhos seculares; é também a apoteose, a coroação de sofrimento.
De Homero a Dante, a Camões, a Tasso, a Milton, todos os grandes homens, como eles, têm sofrido.
A dor lhes fez vibrar a alma, lhes inspirou a nobreza dos sentimentos, a intensidade da emoção que souberam traduzir com os acentos do gênio, e que os imortalizou.
É na dor que mais sobressaem os cânticos da alma.
Quando ela atinge as profundezas do ser, faz de lá saírem os gritos sinceros, os poderosos apelos que comovem e arrastam as multidões.
Dá-se o mesmo com todos os heróis, com todas as pessoas de grande caráter, com os corações generosos, com os espíritos mais eminentes. Sua elevação se mede pela soma dos sofrimentos que passaram.
Ante a dor e a morte, a alma do herói e do mártir se revela em sua beleza comovedora, em sua grandeza trágica que toca, às vezes, o sublime, e o inunda de uma luz inapagável.
A história do mundo não é outra coisa mais que a sagração do Espírito pela dor. Sem ela, não pode haver virtude completa, nem glória imperecível.
Se, nas horas da provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, em nosso eu, em nossa consciência, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento.
A dor é um dos meios de que Deus se utiliza para nos chamar a si e, ao mesmo tempo, nos tornar mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura.
É, pois, realmente pelo amor que nos tem que Deus nos envia o sofrimento.
Fere-nos, corrige-nos como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo. Trabalha incessantemente para nos tornar dóceis, para purificar e embelezar nossas almas, porque elas não podem ser completamente felizes, senão na medida correspondente às suas perfeições.
A todos aqueles que perguntam:  Para que serve a dor? a Sabedoria Divina responde: para polir a pedra, esculpir o mármore, fundir o vidro, martelar o ferro.
*   *   *
A dor física é, em geral, um aviso da natureza, que procura nos preservar dos excessos. Sem ela, abusaríamos de nossos órgãos até ao ponto de os destruirmos antes do tempo.
Quando um mal perigoso se vai insinuando em nós, que aconteceria se não lhe sentíssemos logo os efeitos desagradáveis? Ele nos invadiria cada vez mais, terminando por secar em nós as fontes de vida.
É assim que, em nosso mundo, para o nosso crescimento, a dor ainda se faz necessária.

Redação do Momento Espírita, com base no
cap. XXVI, do livro O problema do ser, 
do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 31.1.2013.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

DESENCARNES COLETIVOS



As dolorosas ocorrências dos últimos desastres naturais, causando a morte de homens, mulheres e crianças aparentemente inocentes, traz novamente, de forma mais intensa e angustiosa a velha questão: por quê? Por que acontecem essas tragédias coletivas? Outras questões ficam ainda sem respostas: por que pessoas que estavam lado a lado, umas morreram e outras conseguiram se salvar? Por que alguns foram poupados e outros receberam o impacto de várias toneladas de terra e pedras sobre seus pobres corpos?


Muitas religiões, crenças e doutrinas, tentam explicar o porquê de todo esse sofrimento. Alguns que se dizem ateus, dizem que tudo isso é obra do destino, que Deus não existe e por isso mesmo não poderia ser culpado por todos esses desastres e mortes.

Para grande parte dos seres humanos, essas mortes (provas) coletivas ainda constituem um enigma sem solução, pois eles desconhecem os mecanismos da Justiça de Deus, que diz que dentre suas Leis Naturais, existe uma que trata de tudo isso que é a Lei de causas e efeitos.

Na literatura Espírita existem muitos relatos de tragédias recentes como essas, bem como outras de triste memória: Quem não lembra do incêndio do Edifício Joelma? Do incêndio de um circo completo em Niterói? Das Tsunamis? Dos diversos desastres de avião que ocorreram nos anos de 2008 e 2009? Diante de todos esses desastres, não deixam de surgir revolta, desesperos e descrenças. Menciona-se que Deus castiga sem dó e sem piedade, ou que pouco se importa com os sofrimentos da humanidade. Nessas horas, muitas pessoas chegam a comparar o Criador com os pais terrenos, e nesse confronto, muitas das vezes Deus perde para os pais terrenos porque eles zelam e cuidam dos seus filhos e querem sempre o melhor para eles.

Esses flagelos destruidores ocorrem de todos os tempos, e Kardec que foi o codificador do Espiritismo não fugiu a esse tema, e nas questões 737 a 741 do Livro dos Espíritos, interrogou os Espíritos Superiores. Vejam o que eles responderam a essas questões:

Questão Nº. 737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?

“Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.”

Questão Nº. 738. Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar outros meios que não os flagelos destruidores?

“Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios.

Necessário, “portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza.”

a) – Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será justo isso?

“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito a vida do corpo bem pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade. Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real. Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a Sua solicitude. Os corpos são meros disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército cujos soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes deles.”

b) – Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser.

“Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.”

Venha por um flagelo à morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo.

Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-nos de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la em seu conjunto, esses tão terríveis flagelos não nos pareceriam mais do que passageiras tempestades no destino do mundo.

Questão Nº. 739. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico, não obstante os males que ocasionam?

“Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles resulta só as gerações vindouras o experimentam.”

Questão Nº.740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem, por colocarem-no a braços com as mais aflitivas necessidades?

“Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”

Questão Nº.741. Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem?

“Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas. Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral, que estão nos decretos da Providência e dos qual cada indivíduo recebe, mais ou menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a não ser sua submissão à vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela sua negligência.”

A Doutrina Espírita tem extensa contribuição a oferecer no entendimento da questão, onde se compreende a justiça, bondade e misericórdia de Deus para com seus filhos, que somos todos nós. Para tanto, porém, é preciso estudar e até compreender o sentido das palavras provas e expiações.

As Provas são acontecimentos que o próprio espírito pede que aconteça com ele no decorrer de sua vida. Devemos lembrar que quando ainda espíritos em pré-reencarnação, temos uma visão diferente de nossos defeitos, e assim sendo, podemos escolher as melhores provas que possam nos elevar mais rapidamente na nossa evolução espiritual.

Já as Expiações irão ocorrer em nossas vidas sem que tenhamos total conhecimento ou controle sobre elas. Isso ocorre porque Deus em sua eterna Justiça, não deixará nenhum mal ou bem sem sua compensação. Dentre essas expiações estão incluídas as mortes, sejam elas naturais provocadas ou desencarnes coletivo (acidentes). Vale ressaltar, que nunca devemos generalizar as coisas. Muitas pessoas leigas ou com conhecimento superficial da Doutrina Espírita, tem o errôneo costume de generalizar o caráter da morte. Uns dizem que se a pessoa cometeu um assassínio a outro por arma de fogos, que ela deverá perecer da mesma forma. Isso é sabidamente um erro grave. É lógico que pode ocorrer assim, mais não é verdade que a Lei de Talião (dente por dente olho por olho), prevaleça sobre a justiça de Deus.

Muitos segredos de Deus, ainda estão para nós, espíritos ainda em estado evolutivo baixo, encoberto pelo véu do esquecimento do passado. Nunca poderemos esclarecer com 100% de certeza o porquê dos desencarnes coletivos que temos oportunidade de ver noticiado na mídia. Não podemos dizer com certeza, o porquê dessas mortes e sofrimentos. É certo, que alguns episódios de desencarnes coletivo foram desvendados, como os citados no inicio do texto (Circo queimado em Niterói e Edifício Joelma), por grandes médiuns de nossa época, como Francisco Cândido Xavier nos mostrou em carta recebida do mundo espiritual. Mais isso é exceção e não regra.

O que Deus quer de verdade, é que tenhamos resignação quanto aos acontecimentos de nossas vidas. Que saibamos que todas as dores que passamos, somos nós mesmos os únicos culpados. Se uma pessoa por imprevidência escorrega ou cai dentro de um buraco, a quem deverá culpar? A sua imprevidência, a sua falta de cuidado. Não devemos dar importâncias vitais a grande maioria dos acontecimentos de nossas vidas. Quando estamos à beira da reencarnação, nossa programação está pronta. Sabemos o que precisamos fazer para evoluir. Sabemos que teremos sempre dois caminhos a seguir, e temos consciência de que iremos pelo caminho certo. O grande problema é continuar com esses pensamentos quando na carne. O nosso livre-arbítrio nos garante a oportunidade de escolha, e isso é bom, porque Deus quer que vençamos com nossos próprios méritos, e se fracassarmos, devemos agradecer, porque teremos outras oportunidades de expiarmos ou de provamos tudo de novo.


Autor: Walter Frota Fontenele

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

FAMÍLIA E ESPIRITISMO



É desnecessário justificar a insistência do tema família e Espiritismo, pois é um assunto brindado com várias obras e capítulos dentro da literatura espírita. 
Embora seja importante a família bem estruturada e organizada em termos materiais, há também a necessidade de uma estrutura espiritual apegada em bases evangélicas, para que o ambiente do lar esteja sempre harmonizado e equilibrado, permitindo assim que cada um dos seus componentes possam refazer em caráter permanente as suas energias espirituais.
Entretanto, para que a família crie estruturas sólidas e firmes, não basta apenas o trabalho no campo da evangelização. É necessário ainda, que exista uma relação mais profunda e harmoniosa, entre o casal, homem e mulher, que é a base do lar, formando uma agremiação na qual dois seres se conjugam, atendendo os vínculos de afeto, garantindo os alicerces firmes da civilização, porque é através dessa união que funciona o princípio da reencarnação, baseado nas leis divinas, e que possibilita o trabalho executivo dos mais elevados programas de ação do mundo espiritual. 
Ë necessário respeitar a individualidade de cada um e o respeito que deve existir ao livre-arbítrio dos componentes da família, haja vista que todas os seus componentes, são espíritos em eterna evolução, com experiências e exposições em diferentes encarnações, e portanto, sofrendo as consequências e os impactos das vidas passadas, que acabam por se tornar significativas e promotoras possibilidades da estabilidade ou instabilidade da família.
Através de encarnações sucessivas, o casal se harmoniza pelo seu nível sócio-econômico, educacional e psicológico e, acima de tudo, pela a individualidade de cada um, ou seja, pelos traços de personalidade, inteligência geral, aptidões, interesses, valores, etc. Por isso é importante o aprendizado da auto-educação moral, que se constitui de exemplos vivos de fraternidade autêntica, dentro do lar e fora dele, e transmitir o fruto desta educação e vivências para aqueles que formam o universo familiar, que são os filhos (Vinícius). 
Hermínio de Miranda, comenta que "família é instrumento de redenção individual". Mas, não possuindo equilíbrio, o casal acaba desestruturado espiritualmente (obsessão) e psicologicamente (realidades vividas), e logo não poderá desempenhar o seu papel de orientador, evangelizador e responsável pela família, portanto, ser família espírita, não significa isenção de problemas iguais a de outras famílias não espíritas.
O espírito traz consigo uma vocação para o casamento, que é o primeiro passo para a formação da família. Inicialmente essa vocação é impulsionada pelo desejo sexual, primitivamente mais voltado à procriação, e depois pela necessidade que o espírito tem de se associar à alguém nas suas realizações. O homem e a mulher buscam um companheiro para as suas necessidades e para, principalmente, o aprimoramento espiritual de ambos, fortalecendo assim os laços familiares.
"Sendo um animal social, geralmente monogâmico, o homem, na totalidade, somente se realiza quando divide necessidades e aspirações na conjuntura elevada do lar, portanto," portanto, na família não deve predominar o exercício do egoísmo, de compensação emocional restrita, onde um suga o alimento emotivo do outro. Isso não é família. 
É no esforço comum entre marido e mulher, pais e filhos, esclarecidos sob a luz do evangelho, que a família pode resgatar o seu passado, conquistando no presente haveres para o futuro.
Todo comportamento humano pode ser examinado pelo binômio essência/aparência. Na família, há o relacionamento real e o que transparece, os quais nem sempre coincidem. Casais e famílias, pais e filhos, aparentemente integrados e felizes, podem estar desenvolvendo conflitos enormes, desajustes homéricos.
Outros que deixam transparecer suas divergências, talvez possuam um relacionamento profundo com ligações bastante sólidas. A impressão que se causa ( e não a que se quer causar) aos outros tem que ser real. Todo fingimento é desonesto.
O termômetro do casamento, e consequentemente da harmonia no lar, é o carinho. Quando ele termina, ou não existe nas conversas, no toque, no relacionamento sexual, há com certeza um aviso de rompimento parcial ou total de convivência. E o que faz com que o carinho, diminua ou desapareça: é o mando, a autoridade, o exclusivismo, a superioridade, desilusão, adultério, e o comportamento psicótico e o desprezo uni ou bi-lateral.
Existindo influência espiritual ou de terceiros, sejam entidades amigas ou inimigas sobre a família, quando ela é benéfica, tudo bem, pois existem espíritos simpáticos que se aproximam dos lares com a intenção de manter ou proporcionar o equilíbrio no relacionamento interpessoal.
No entanto, existindo influenciação maléfica, pode causar desequilíbrios tão maiores quanto maior for o grau de aceitação do sugestionamento espiritual.
E em ambos casos essa influência não recai apenas sobre o casal, mas em todos os familiares, determinando assim o clima ou psicosfera de todo o lar. O passado espiritual do casal, na ótica da reencarnação, corresponde a uma influência realmente muito importante na união de hoje. O casamento, não configura mero encontro ou mera ligação acidental entre as pessoas, mas faz parte de um processo antigo de acúmulo de experiências dos dois espíritos em busca da maturação espiritual. Portanto, a chamada afinidade, a compatibilidade de gênios, a compreensão mútua, podem ser aquisições antigas que são reafirmadas no presente.
Mas,quando as influências negativas predominam e encontram meio de proliferação, as consequências obsessivas são diversas. O casal e os demais familiares passas a viver um inferno doméstico que pode levar a qualquer caminho.
E não existe maneira mais apropriada do que o bom relacionamento familiar para atingir os objetivos da familiares. Isso significa que o companheirismo, a solidariedade, os interesses comuns e a participação nas atividades do outro deveriam ser uma constante no casamento e na família. 
Vance packard, jornalista americano, após quatro anos de pesquisa sobre o casamento, observou sete causas básicas de sucesso matrimonial:

1 - intensa capacidade de afeto, envolvida por grande consideração pelo outro.
2 - maturidade emocional
3 - habilidade em se comunicar (aqui grande problema)
4 - disposição constante de se alegrar com o outro e participar de acontecimentos com ele.
5 habilidade em lidar com tensões e diferenças, de forma sempre construtiva.
6 - disposição e bom humor em relação ao sexo.
7 - conhecimento e aceitação dos limites do outro (vida a dois - ed.tres).
É preciso, então, ser generoso, receptivo e afetuoso, além de tolerante para com os limites do outro.
Finalizando, Lembremos as palavras de Emannuel: “ A melhor escola ainda é o Lar. “ 

Gilberto Tomasi

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

QUANDO O AMOR PRÓPRIO ADOECE



Problemas com o Amor próprio? Vamos começar assim: a quem devemos amar em primeiro plano nesta vida? Creio que muita gente tem esta resposta na ponta da língua, mas não a absorve verdadeiramente. Nosso primeiro amor deveria ser nós mesmos! Um amor tranquilo, cordial, que durasse para todo sempre.
Na vida corrida que levamos não nos sobra muito do nosso precioso tempo para fazermos uma auto-avaliação. Então passamos por cima dos fatos, das horas, dos acontecimentos e sempre vem a ressaca moral acompanhada de perguntas como: "Quem sou eu? Como devo agir em determinadas situações? Porque as pessoas não me valorizam?" Pergunte-se também: Será que o mundo não me valoriza ou será que quem não me valoriza sou eu mesmo (a)?
Você deve começar a ser honesto (a) consigo mesmo! Este é o primeiro e grande passo! Livre-se das culpas, pois elas tem o infalível dom de te jogar num buraco escuro, úmido e solitário. Não existe ninguém perfeito e graças a isso não temos que nos cobrar uma perfeição que não está aí. Se nos apercebêssemos de nossos erros e tivéssemos a consciência das nossas limitações, já estaríamos caminhando progressivamente a uma reforma íntima, uma necessária e grande reforma íntima.
Já perceberam que quem tem uma auto-estima elevada tem mais chances de enfrentar problemas e sair de situações complicadas? A baixa auto-estima faz com que o indivíduo viva numa crise existencial constante, esquecendo-se de lutar pelos seus ideais, se anulando, se martirizando e se tornando um "reclamão" profissional. Reclama de tudo, de todos, mas se esquece da fonte das suas frustrações que é nada mais nada menos que ele mesmo.
Não seria legal virar a página e começar a escrever uma história diferente? Acha que é capaz de se dar esta chance? Mudanças são legais, mas levam tempo. Lembre-se disso, porque não foi da noite para o dia que você ficou assim, triste, amargurado e sem esperanças. Grave bem isto: Apenas você pode dar o primeiro passo, sair desta inércia improdutiva e decidir parar de sofrer. Reivindique AGORA momentos felizes e não se incomode mais pelos acontecimentos negativos da sua vida. Vou fazer um lembrete: Auto-piedade é proibida aqui! Pare de reclamar!
Então vamos lá. Comece com coisas simples e que lhe façam deliciar consigo mesmo. Faça um corte novo de cabelo, compre aquela bolsa que você queria tanto, aprenda a andar de bicicleta se você não sabe, beije seu espelho, se dê um longo beijo, você merece! Troque aquela velha companhia que só te empurra "morro abaixo" por uma que lhe elogia, reconhece suas qualidades e tem prazer em estar com você. Apaixone-se por você mesmo, tome sorvete, sorria o quanto puder, faça coisas deliciosas como tomar chuva e ficar descalço, ouça música, muita música, porque a música nos conduz a lugares inimagináveis! Seja o que for que decidir fazer, comece a fazer já! Você não está aqui para sofrer, deixe de ser pessimista e reclamão. Faça boas escolhas, elas são pra vida toda. Esqueça o parente de difícil trato o marido ou a esposa que não enxerga o que há de bacana em você. Porque quer cobrar esse tipo de coisa se nem você enxerga coisas boas em você mesmo? Façam, por onde queridos (as)! Coisas, pessoas e momentos legais não caem do céu, não! Onde está seu merecimento?
A partir de hoje você estará transformando suas experiências ruins e negativas em acontecimentos bons, saudáveis e EDIFICANTES. Está pronto (a)? Recupere sua alegria, aquela que contagia outras pessoas, sabe? Faça as pazes com os espelhos interiores e dê uma faxina naqueles dias dolorosos, tirando a poeira que ofusca o SER único que é você!
Libere sua grandeza, almeje e consiga! Os caminhos equivocados por onde seguiu... As trajetórias enganosas e as experiências frustrantes do passado serão seus mestres que o conduzirá e o ensinará como fazer para construir novos sonhos e concretizá-los.
Você pode TUDO que desejar, portanto comece desejando amar-se mais e, olha que isso nada tem a ver com egoísmo, hein? Respeite-se e viva de forma que possa resgatar seu amor próprio. Amar-se muito até que consiga amar outras pessoas e quem sabe encontrar outro grande amor, depois de você. Mexa-se!Já!

Texto: Flávia Wrach

Maria Mãe Santíssima

Maria Mãe Santíssima
Pedimos-Te a misericórdia. Pedimos-Te concessões de momentos mais férteis de amor, de paz, de compreensão entre as almas. Que Tu possas envolver cada Espírito, cada alma na Sua força, na Sua bondade, na Sua imensa misericórdia. Que, através das notas soantes da Ave Maria, possamos Te rogar a paz a estes Espíritos que aqui estão, o entendimento, a abnegação destas almas que se dispõem a se doar em benefícios, em atendimentos a tantos sofrimentos. Que a Tua imagem, Mãe Santíssima, possa surgir e evoluir diante de cada criatura, trazendo a mensuração certa de cada momento vivido e a intenção de uma recuperação a todos que sofrem e que estão aturdidos em corpo e em mente. Mãe amada, venha a nós em todos os instantes, participe conosco destes momentos que nos trazem angústias e sofrimentos. Auxilia, ampara, engrandece cada criatura, dentro das suas disposições eternas e colabora a cada dia, a cada instante, para que se tornem todos os Espíritos maleáveis no amor e na compreensão. Que possas, Mãe, estar conosco a todos os instantes. (Emmanuel)

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SALMO 23

SALMO 23
.O Sєทнσr é σ мєυ ραsτσr, ทα∂α мє ƒαℓταrá. ∂єiταr-мє ƒαʑ єм vєr∂єs ραsτσs, gυiα-мє мαทsαмєทτє às ágυαs τrαทqυiℓαs; rєƒrigєrα α мiทнα αℓмα, gυiα-мє ρєℓαs vєrє∂αs ∂α נυsτiçα ρσr αмσr ∂σ sєυ ทσмє, αiท∂α qυє єυ αท∂αssє ρєℓσ vαℓє ∂α sσмвrα ∂α мσrτє ทãσ τємєriα мαℓ αℓgυм, ρσrqυє τυ єsτás cσмigσ, α τυα vαrα є σ τєυ cαנα∂σ мє cσทsσℓαм; ρrєραrαs υмα мєsα ρєrαทτє мiм ทα ρrєsєทçα ∂σs мєυs iทiмigσs, υทgєs α мiทнα cαвєçα cσм óℓєσ, σ мєυ cáℓicє τrαทsвσr∂α; cєrταмєทτє qυє α вσท∂α∂є є α мisєricór∂iα мє sєgυirãσ τσ∂σs σs ∂iαs ∂є мiทнα vi∂α, є нαвiταrєi ทα cαsα ∂σ sєทнσr ρσr ℓσทgσs ∂iαs. qυє αssiм sєנα..

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