terça-feira, 29 de abril de 2008


ORGULHO

Certamente os valores negativos mais

danosos à humanidade são o orgulho,

o egoísmo e a ambição,

que levam o ser humano a querer

sobressair-se sempre aos demais,

a viver apenas em função de si mesmo,

das suas vontades e satisfação

das próprias paixões,

e a ter sempre mais e mais.

Esses valores negativos demonstram apenas a imaturidade do ser humano, a sua tolice.

Para que orgulho se todas as situações e condições humanas são efêmeras, são passageiras? Orgulho de quê? Das posses que não podemos levar conosco para além desta vida, e que nem mesmo nos conseguem livrar das doenças, dos acidentes dos sofrimentos e da própria morte? Orgulho pela posse de bens que na realidade não nos pertencem; desses bens que a vida nos cede por empréstimo, e que temos de devolver na passagem pelo túmulo?

Além do mais, existem as reencarnações... O orgulhoso que se envaidece pelas posições que ocupa, pisoteando e humilhando seus subordinados ou aqueles a quem considera inferiores, nas futuras encarnações certamente irá sofrer as mesmas humilhações que impingiu a seus irmãos em humanidade.

O egoísta que se apega aos bens que possui e não lhes dá a correta destinação, ou seja, meios de vida também para outras pessoas, em futuras encarnações deverá amargar a pobreza, a penúria, a miséria, para poder dessa forma aprender a respeitar as leis divinas.

Quanto à ambição, é também uma clara amostra da tolice humana. É como um vírus que faz sofrer seu portador. O ambicioso não tem paz, porque sempre está desejando algo, desejando intensamente, e fica infeliz e frustrado quando não consegue o que quer.

O ambicioso está sempre querendo mais e mais. Ele não se conforma com o que possui, mesmo que possua muito. Também não se aquieta para usufruir o que possui, desfrutar das coisas boas da vida, que uma vida financeiramente folgada pode proporcionar. O ambicioso é um eterno insatisfeito e, portanto, não é feliz.

PERGUNTA NATURAL

O que pode tornar feliz o ser humano?

Se em vez da sede de poder, as criaturas se deixassem conduzir pela responsabilidade, tudo seria diferente. Imaginemos como seria o mundo se todos os homens públicos trabalhassem visando o bem coletivo; se usassem seus potenciais para o beneficio da comunidade e se toda a população fosse fraterna, honesta e solidária? A vida seria bem diferente.

O orgulho, a ganância e a sede de poder refletem a imaturidade do ser humano, daqueles que pensam que as leis cósmicas permitem uma felicidade egoísta, onde alguns se locupletam e outros vegetam.

A lei divina é profundamente justa e sábia. E ela determina que a comunidade deve evoluir como um todo. Todos devem contribuir para essa evolução. Aqueles que não o fizerem acabarão tendo que sofrer as conseqüências de seus atos. Para isso existe a reencarnação que modifica as posições dos seres e assim, todos, cada um por sua vez, experimentam e vivenciam as inúmeras condições que o planeta oferece. Uns aprendem mais rapidamente as lições da vida, da ciência do bem viver. Outros custam mais a aprendê-las, mas nesse aprendizado todos acabamos por compreender que ambição, egoísmo e orgulho não proporcionam felicidade, ao contrário, são semeaduras de sofrimentos para o futuro.

Se fosse possível olharmos o nosso interior, a nossa subconsciência; se fosse possível olharmos com olhos alheios as nossas atitudes, veríamos logo que não existem razões para sentimos orgulho ou sermos vaidosos.

Mas o que é orgulho?

O orgulho resulta da idéia que fazemos de nós mesmos e, como sempre, essa idéia não é real, porque não conseguimos ver a nós próprios.

Poucas pessoas possuem visão interior correta, ou seja, a capacidade de observarem a si mesmas, fazendo uma autocrítica justa, não tendenciosa. Quem possui essa visão interior consegue avaliar a si mesmo, sem ilusões. A visão interior correta é o resultado de esforço, de auto-análise, de reflexão, de maturação do próprio espírito. Por enquanto, em nossa imaturidade espiritual, quando resolvemos fazer alguma observação sobre nós mesmos a nossa deformada visão interior só vê aquilo que possa servir de base para o nosso orgulho, a nossa vaidade. Por isso só vemos as coisas positivas, principalmente aquelas que acreditamos, ou nos interessa acreditar que possuímos.

Na verdade costumamos nos ver numa condição muito superior à realidade. As qualidades que observamos em nós, nos parecem bem maiores do que são, e os defeitos que temos e que anulam muitas das nossas qualidades, esses, geralmente não vemos, ou vemos com os olhos da complacência.

Geralmente, quando começamos a aceitar a idéia da reencarnação, nossa curiosidade logo se acende para sabermos que personagens importantes podemos ter sido no passado. E quando pensamos nos espíritos superiores, logo começamos a imaginar qual deles deve ser o nosso mentor.

Ao conhecermos as obras do espírito André Luiz, em suas narrativas sobre a colônia espiritual Nosso Lar, através da psicografia de Chico Xavier, queremos logo acreditar que somos procedentes daquela colônia, e ficamos imaginando que descemos à terra nesta encarnação para realizarmos grandes missões.

É sempre a vaidade que nos move, fazendo-nos sonhar com grandezas inexistentes, ou com situações irreais.

Até mesmo na mediunidade as almas imaturas, ao perceberem a presença de um guia espiritual, vão logo imaginando que se trata de um Bezerra de Menezes, Emanuel, André Luiz ou outro espírito conhecido e admirado. E quando a entidade se comunica a imaginação exacerbada pela vaidade pode até mesmo acionar os mecanismos do animismo e a comunicação poderá encerrar-se apresentando um nome de alguém que ali não estava. Isto se chama animismo.

Se olharmos com os olhos da verdade para dentro de nós, analisando com absoluta sinceridade nossas grandezas e mesquinharias, nossos valores positivos e negativos, veremos que fazemos parte do grande rebanho humano com todas as suas idiossincrasias, suas luzes e suas sombras. Se já conseguimos alcançar um pouco mais de conhecimento espiritual; se buscamos intensamente nosso crescimento interior sob as claridades do Evangelho, esse fato deve nos alegrar e nos tornar mais gratos àqueles que do Alto acompanham nossa jornada, nos auxiliando sempre. Mas deve também fortalecer nosso senso de responsabilidade, convidando-nos à vivência da humildade.

Toda grandeza se esvai sob o peso do orgulho e da vaidade, restando apenas algo lamentável, triste de se ver.

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Maria Mãe Santíssima

Maria Mãe Santíssima
Pedimos-Te a misericórdia. Pedimos-Te concessões de momentos mais férteis de amor, de paz, de compreensão entre as almas. Que Tu possas envolver cada Espírito, cada alma na Sua força, na Sua bondade, na Sua imensa misericórdia. Que, através das notas soantes da Ave Maria, possamos Te rogar a paz a estes Espíritos que aqui estão, o entendimento, a abnegação destas almas que se dispõem a se doar em benefícios, em atendimentos a tantos sofrimentos. Que a Tua imagem, Mãe Santíssima, possa surgir e evoluir diante de cada criatura, trazendo a mensuração certa de cada momento vivido e a intenção de uma recuperação a todos que sofrem e que estão aturdidos em corpo e em mente. Mãe amada, venha a nós em todos os instantes, participe conosco destes momentos que nos trazem angústias e sofrimentos. Auxilia, ampara, engrandece cada criatura, dentro das suas disposições eternas e colabora a cada dia, a cada instante, para que se tornem todos os Espíritos maleáveis no amor e na compreensão. Que possas, Mãe, estar conosco a todos os instantes. (Emmanuel)

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SALMO 23

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